Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa.

Falar de Titãs é falar da maior (tanto em número de integrantes como em grandeza musical) banda de rock do Brasil, principalmente pra mim que sou fã.

Confesso que nos anos 80, eu passei batida por tudo isto, não gostava de rock e achava tudo muito esquisito, isto até ouvir a música DOMINGO.

Quando escutei tal música, algo me chamou atenção, diga-se de passagem, até hoje não sei o que é, mas o fato é que virei uma titanomaníaca (será que este termo existe??? Se não existe estou inventando hoje).

Queria ouvir tudo, saber tudo, conhecer de verdade. Comecei a fazer um levantamento de toda a discografia deles, e sai peregrinando por lojas de cds da cidade de São Paulo, atrás de cada um destes exemplares.

O mais engraçado é que teve cds como o TUDO AO MESMO TEMPO AGORA e o TITANOMAQUIA, que a única vez que vi pra vender, foi no dia que eu comprei.
Apesar de não gostar muito desta fase, mas colecionador é colecionador e depois de um ano, consegui todos os discos, fã que é fã não mede esforços pra tal proeza.
Tenho muitas passagens da minha vida desde 1995 onde os titãs estão presentes.

Aliás muitas pessoas que me conhecem quando ouvem titãs, lembram-se de mim... virou uma marca registrada, assim como o Corinthians, a Matemática, meu amor pela cidade de São Paulo.

A biografia autorizada que leva o mesmo nome do filme TITÃS - A VIDA ATÉ PARECE UMA FESTA, lançada em 2003 pela Editora Record e escrita por Hérica Marmo e Luiz André Alzer, só fez com que eu me torna-se mais fã, e conhecesse mais a fundo a história dos Titãs. O genial neste tipo de leitura é que os personagens são pessoas reais, com nomes e grandes conhecidos, enquanto lia o livro, ficava imaginando a cena... e bati meu recorde de leitura, foram 402 páginas em 3 dias.

Estou falando sobre isto hoje, porque ontem meu amigo Diniz, foi assistir ao filme TITÃS – A VIDA ATÉ PARECE UMA FESTA. Eu estou doida pra assistir, mas infelizmente no lugar onde eu moro não entrou em cartaz. Pra mim que sou paulistana, nasci e fui criada na cidade onde temos muitas opções e onde tudo acontece, é muito chato isto. Na verdade é deprimente, você querer assistir um filme e ele não estar em cartaz simplesmente porque não vai ter arrecadação.
Bem, mas este é outro papo e já comentei sobre isto no post SÃO PAULO, MINHA CIDADE, MINHA PAIXÃO do dia 12 de julho de 2008, neste mesmo blog: http://matematicadacultura.blogspot.com/2008/07/so-paulo-minha-cidade-minha-paixo.html

Vamos ao que interessa de fato: Abaixo o texto que meu amigo, poeta e excelente escritor Diniz Gonçalves Júnior escreveu sobre o filme dos Titãs.

Titãs, o filme
O distanciamento temporal pode criar um filtro colorido de epifânias , um passado idealizado que vem sempre seguido da frase " ai meus verdes anos " aquilo era felicidade verdadeira, não o cotidiano atual e monótono . Acontece que a memória tende a falsear os dados , inventar maravilhamentos inexistentes , no calor da hora foi um tempo parecido com o atual com as modas , bugigangas tecnológicas e conflitos de sempre , para não falar nos foras em baladas e nas patricinhas enjoadas ( sim , isso já existia ) . O filme é competente ao construir um caleidoscópio de instantes misturando os tempos de forma criativa , dos jovens músicos teatralizando cada show até os establizados e responsáveis pais de família de hoje , porém isso não deve ser visto como negativo , essa passagem é inevitável assim como o conforto material que veio do sucesso conquistado . Negar a importância da banda no panorama musical é complicado , eles causaram um rebuliço tremendo e de certa forma renovaram seu público , o retrato realizado é bem honesto , um filme capaz de agradar tantos os fãs mais fiéis até pessoas interessadas em acompanhar trajetórias de vida , romances de formação em fotogramas

Diniz Gonçalves Júnior , 5 de fevereiro de 2009. http://desmemoria.zip.net/

Trailler do Filme que estou doida pra assistir.....